UEPB terá formação de profissionais que atuam junto a usuários de crack |
A Universidade Estadual da Paraíba aprovou junto ao Ministério da Saúde e à Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas um projeto para implantação, em Campina Grande, do primeiro Centro Regional de Referência para Formação Permanente de Profissionais das Redes de Atenção Integral à Saúde de Usuários de Crack e Outras Drogas. O Centro surge da necessidade de combater o crescente consumo de substâncias psicoativas entre crianças, adolescentes e adultos, já considerado um problema de saúde pública por parte do Governo Federal, que instituiu o Plano de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas. Os centros regionais deverão ofertar as seguintes capacitações: Curso de Aperfeiçoamento para médicos atuantes no Programa de Saúde da Família (PSF) e no Núcleo de Assistência à Saúde da Família (NASF); Atualização em Atenção Integral aos Usuários de Crack e outras Drogas para profissionais que trabalham nos hospitais gerais; Atualização sobre Intervenção Breve e Aconselhamento Motivacional e Curso de Atualização em Gerenciamento de Casos e Reinserção Social de Usuários de Crack e outras Drogas. Com isso, a meta é consolidar na UEPB um Centro Regional de Referência, com capacidade de atender o maior número de profissionais do município de Campina Grande e cidades vizinhas, que desempenham suas funções na rede de atenção integral à saúde e assistência a crianças, adolescentes e adultos usuários de substâncias psicoativas. Segundo a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa (PRPGP) da UEPB, Marcionila Fernandes, a Universidade institucionalizará o Centro Regional de Referência, tornando-o um centro de formação, pesquisa e assistência aos usuários de crack e outras drogas, bem como aos seus familiares, através das clínicas de Psicologia e Enfermagem e do Departamento de Educação Física (DEF) da UEPB. O início das atividades do Centro de Referência está previsto para o mês de fevereiro. O Crack na Paraíba - Uma pesquisa recente, realizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) sobre a presença do Crack nos municípios brasileiros, revela que a substância deixou de ser um problema relacionado aos centros urbanos, a exemplo de João Pessoa e Campina Grande. Dos 223 municípios da Paraíba, 139 já identificaram o consumo da droga. O mais agravante na pesquisa é a falta de programas e ações de combate junto a crianças, adolescentes e usuários adultos. Ainda segundo dados da CNM, apenas quatro cidades paraibanas possuem um programa municipal de combate ao Crack, o que representa somente 2,88% dos 139 municípios pesquisados. Já os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) só estão presentes em 18 cidades, que contam com o trabalho de apenas 202 profissionais, sendo 34 psicólogos, 22 assistentes sociais, 26 médicos, 24 enfermeiros e 96 outros profissionais da saúde. |
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